O pensamento sobre o professor: Uma indagação aos acadêmicos do 2º ano de Pedagogia-Noite da UEM. Campus de Maringá

Ontem (10), o professor Paulo Ghiraldelli Jr. postou em seu blog o texto intitulado Professor, teacher e coach, onde ele vai tratar sobre as diversas visões sobre o profissional da Educação. Com base nos conhecimentos de vivências tidas como alunos e como professores em formação, além das leituras feitas sobre o livro Didática e teorias educacionais, do professor Ghiraldelli e de outros autores que contribuem para o pensamento educacional, qual é a representação que temos hoje de professor?

A solidão da dissertação

Logo nas primeiras reuniões entre orientadora e grupo de pesquisa fui advertido sobre a solidão da dissertação. Uma solidão que vai chegando de modo rasteiro e vai tomando aos poucos os espaços da minha vida. Solidão esta, que muitos me disseram ser a companhia de todo este processo de pesquisa e formação profissional chamado de Mestrado. E essa solidão é uma das coisas com a qual eu tenho dificuldade de conviver. Baseado na área da minha graduação - Jornalismo - não ter o contato com as pessoas e reelaborar as leituras e o que estou pensando é uma coisa complicada. Por mais que conte ou explique, me sinto falando sozinho no meio de um mar de vozes que também falam sozinhas. Somos impelidos a buscar leituras, conhecimentos e novos contextos para perceber os usos de nossas teorias e dos ditos de nossos autores. Mas o período inicial para mim tem um gosto de solidão. Não caminhamos sozinhos em nenhum momento e sempre estamos conversando discutindo sobre diversos pontos de vistas e teorias nos grupos de pesquisa, entre colegas de disciplinas, mas é muito diferente do que se vê na graduação. Aparentemente, tenho sentido a necessidade de reler todo o mundo e minhas percepções neste início de caminhada. Às vezes tudo parece turvo e apenas a orientação e os colegas parecem esclarecer as coisas. A impressão é que existe um véu tênue e fosco que nos separa do mundo do senso comum e ao mesmo tempo, nos vemos inseridos nele em cada teoria ou discussão em sala.
Entretanto, a sensação de insegurança é grande. As responsabilidades e as necessidades são enormes e o tempo está todo momento em frente aos teus olhos, passando. Parece que não há como conseguir concretizar tudo que se planejou para o dia que se vive...

Para que um blog?

Eu sempre tive um fascínio pelos blogs e suas potencialidades. Em 2008, colaborei com o blog do Desabafo de Mãe por seis meses, fazendo algumas entrevistas e vendo o dia a dia da produção de um blog com conteúdo jornalístico. Tive outras experiências como autor de blogs "literários" em que expus alguns textos e poemas meus, como o Pó e Vento, o Espiral e vida e o Pílulas de Pecado. Inconstâncias à parte, eu sempre gostei desta ferramenta/processo que valoriza o autor - também chamado de bloqueiro. Eu gosto do poder de expressão e das interações que o blog permite a qualquer internauta, que procure por assuntos preferidos nos sites de busca.
No meu trabalho de conclusão de curso em Jornalismo, eu pesquisei em bibliografias como o jornalista pode fugir da hipótese da Espiral do Silêncio - termo cunhado por Elisabeth Noelle-Newmann - para dar voz as minorias sociais. Acho muito importante valorizar as lutas dos movimentos sociais organizados para terem direitos ao que pela Constituição ou pelas Declarações é de direito de todos. E, agora, nesta nova empreitada do mestrado quero desenvolver o blog como um processo/ferramenta que possa colaborar com essa ideia: dar voz a todos e garantir o direito à liberdade de expressão e a construção de conhecimento.
Este blog surge com a perspectiva de acompanhar essa caminhada, que não será fácil, como já ouvi diversas vezes, das mais diferentes pessoas, mas que garanto que será imensamente importante para minha busca pelo respeito às diferenças e a luta por uma nação consciente como jurei ao receber meu título de bacharel. Assim, os leitores deste blog vão poder acompanhar um pouco da pesquisa bibliográfica, das discussões e dos pensamentos desse pesquisador que aspira colaborar para os estudos de Mídia na Educação.